Sol
Rapidamente Christian pegou o volante e pressionou a plataforma imitando os movimentos anteriores de Jéssica.
- Mais rápido!
Ele fingiu não ter ouvido, virou completamente o volante e pressionou ainda mais o acelerador.
- Vamos, vire!
Ele sussurrava para si mesmo, mas a nave continua a seguir em frente na mesma velocidade. Jéssica saiu de seu assento e sentou ao lado de Christian, compartilhando o equipamento de segurança.
- Já pensou em desligar o piloto automático?
No mesmo instante, desligou-o, botando a nave em movimento. Virou com mais rapidez o volante e entregou-o a Christian, que estava paralisado ao seu lado.
- Gire em volta do Sol, o mais rápido que essa coisa permitir!
Quanto terminou de falar, Jéssica piscou um dos olhos e sussurrou em seu ouvido:
- Quem mandou ter namorada chata!?
O garoto sorriu, e pressionou com violência a plataforma, e como na saída da Terra, sentiram a velocidade nauseante do foguete. Mas o Sol era grande e levariam tempo para achar o planeta procurado.
- Olhe!
Nilo apontava para uma das telas, ela piscava e dizia “bateria fraca”.
- Onde vamos encontrar bateria?
De olhos arregalados Andresa disse:
- Christian, vá mais devagar!
O garoto diminuiu a velocidade imediatamente, mas uma de suas sobrancelhas se ergueu. Rindo a garota lhe disse:
- Acho que sei onde pode estar!
Ele baixou a cabeça para esconder o sorriso, e a menina saiu do cômodo, seguida por Nilo, Luciana e Allan.
- Pra que tudo isso?
Ela disse olhando para trás. Allan disse:
- Você sabe o tamanho ou peso dessa coisa? Para ter essa velocidade, deve ser bem grande!
A garota riu novamente, e entrou no quarto em que havia ficado depois de bater a cabeça.
- Acho que está aí dentro!
Disse apontando para um armário. Mas não teve tempo de se abaixar, Danilo já abria a pequena porta.
- É, você tinha razão Andresa. Estão aqui!
Virou-se e segurou o riso:
- Mas você estava errado Allan! Não é grande, na verdade... Veja você mesmo.
Eles observaram o minúsculo retângulo entre o polegar e o indicador de Nilo, tinha a cor de um chamativo amarelo-canário, diferentemente de Allan que começava a ficar rosa.
- É estranho!
Disse Luciana.
- Tem certeza de que é a bateria?
Danilo olhou-a e apontou para o armário:
- Está escrito na porta!
Agora ela também estava rosa, sentia o calor em sua face e começou a rir de si mesma. Logo foi acompanhada por Allan, que praticamente chorava.
Ao voltarem para a “sala”, procuraram brevemente por alguma abertura ou indicação para que colocassem a bateria, no fim quem encontrou foi Ivna, apontando para o que parecia ser uma entrada de CDs. Mas tinha o contorno ideal para a bateria.
Assim que o a tela parou de piscar, eles relaxaram, sentaram-se novamente com os equipamentos de segurança. Fecharam os olhos.
- O que não daria por um fone de ouvido nesse momento!
Comentou Marina. Seu comentário foi seguido de risadas, e Christian acelerou novamente.
Kkkk..Como vc me conhece bem ;x
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