terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

12° capítulo


Antes de sair

          - O que ouve?
          Perguntou Jéssica. Estavam todos muito felizes, finalmente haviam chegado e Christian não estava se mexendo.
          A garota começou a sacudi-lo, mas ele ainda não se mexia, sua vontade era de lhe dar um chute nas partes baixas, mas não o fez.
          - Vamos Chris! É logo ali.
          Ele se sentou, olhou para a garota e perguntou:
          - O que deu para a minha mãe?
          Não era o que Jéssica queria ouvir, queria que ele se levantasse e fosse até a nave.
          - Calmantes! Por que?
          Ele olhou para a garota, seu olhar era frio.
          - Tem certeza?
          Àquela hora todos estavam estressados. Marina disse:
          - Chris, você viu a caixa, sabe que eram calmantes! Não vamos desistir agora!
            O garoto continuou a olhar para Jéssica.
            - Minha mãe foi ao hospital!
            Nesse momento Allan levantou a cabeça, prestou mais atenção.
            - Registraram boa noite, Cinderela em seu sangue! Ela desmaiou!
            Agora ele gritava, tinha se levantado e suas mãos estavam rígidas, fechadas em punho.
            - Sei que a culpa não é sua! Desculpe-me!
            Seu irmão caminhou em sua direção e segurou um de seus ombros, fez com que ele levantasse a cabeça. Allan sorria, mas não de felicidade, como se estivesse consolando Christian. E ele disse:
            - Ela vai ficar bem! Boa noite Cinderela não mata!
            Chris ficou parado por mais alguns instantes, até ver uma lágrima escorrendo lentamente pelo rosto do garoto à sua frente.
            - Ela vai ficar bem!
            Repetiu.
            Respiraram fundo. Andaram lentamente até o que deveria ser o foguete. Mas pararam diante a porta.
            Eles se olharam, apreensivos. E a porta se abriu. Antes que pudessem entrar, um dos homens que os acompanhava instruiu Jéssica em como pilotar a nave em uma emergência, até o primeiro planeta iriam com o piloto automático.
            Aparentemente era como dirigir um carro, mas não existiam marchas. O homem se despediu com um “good luck” (boa sorte).
            Novamente Nilo falou:
            - Quando algo vai dar certo?
            Mais inesperado que sua fala foram as risadas. Como poderiam rir diante daquela situação? Não importava, eles riam, e rir naquele momento foi como voar!
            Isso mesmo, estavam prontos para voar.

Um comentário:

  1. Estou adorando, Kel... você está ficando realmente boa nisso...
    Pode ter certeza de que irei implorar pelos próximos capítulos!

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